Como a reconstrução mamária é feita

DESCRIÇÃO

As deformidades mamárias causadas por ressecções de tumores, traumas ou queimaduras possuem impacto muito grande na vida das mulheres. A reconstrução mamária visa restaurar o contorno corporal e o equilíbrio físico e mental das mulheres que passaram por essa experiência. Na prática clínica, a grande maioria das reconstruções são realizadas devido mastectomia (totais ou parciais) por câncer de mama. Trata-se de um procedimento seguro, cada vez mais adotado devido a capacidade de devolver à mulher o bem estar, a autoestima e a vontade de viver, traduzido pela qualidade de vida recuperada e pela eliminação da sensação de mutilação.

A necessidade da reconstrução de mama pode ser decorrente de:

 

• Má formação congênita;

• Deficiências de crescimento mamário por fatores traumáticos;

• Seqüelas de mastectomia total, parcial (quadrantectomias) ou de tumorectomias;

• Seqüelas de queimaduras;

• Necrose por infecção (por exemplo, em casos de mastite puerperal);

• Outros.

 

Lembre-se: A Reconstrução de mama assim como qualquer outra cirurgia plástica deve sempre ser realizada em centro cirúrgico, por um cirurgião plástico membro da sociedade brasileira de cirurgia plástica e com o auxílio de um anestesista. 

 

Indicações

As sequelas do câncer de mama dependem de cada tumor, que orienta o mastologista no tratamento mais eficaz. A reconstrução mamária pode ser realizada tardiamente (após meses da mastectomia) ou ainda no mesmo tempo cirúrgico da mastectomia, de acordo com o caso.

Procedimento cirúrgico

A modalidade escolhida pelo cirurgião depende de localização e grau da sequela deixada pela ressecção tumoral. As mais comuns são feitas através de utilização de pele e músculo do próprio organismo (retalhos) e próteses expansoras, que aumentam de volume progressivamente ou próteses comuns.

Várias são as técnicas que podem ser utilizadas:

• Reconstrução mamária com expansores teciduais, seguido do uso de prótese;
• Reconstrução mamária com retalhos miocutâneos de músculo grande dorsal e prótese;
• Reconstrução mamária com retalho miocutâneo de músculos abdominais;
• Reconstrução mamária com retalhos dermogordurosos de vizinhança e prótese

A escolha da técnica a ser utilizada vai depender principalmente de:

• Condições locais de pele e músculos (área que vai receber o expansor ou retalhos);
• Condições das áreas doadoras (costas, abdome, locais que cederão retalhos);
• Biótipo da paciente (características físicas de quem necessita da cirurgia);
• Forma e volume da mama oposta.

A escolha da técnica cirúrgica também é definida levando em consideração os prós e contras e associação com quimioterapia e radioterapia, quando indicados pelo mastologista ou oncologista.

Pós-operatório

O pós operatório é normalmente tranqüilo e os fatores limitantes variam de acordo com o porte da cirurgia e o tipo de reconstrução realizada, como por exemplo nos casos das próteses e expansores, geralmente 1 dia de internação e restrição mínima, e no caso do retalho abdominal, uma grande cirurgia, com 3 dias de internação em média, e uma grande restrição de esforço físico, e boa recuperação em torno de 30 dias.

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